PRODUÇÃO DE AVES DE CORTE EM SISTEMA ALTERNATIVO NA ETEC DR. JOSÉ LUIZ VIANA COUTINHO
Palabras clave:
Aves, Alternativo, Label rouge, CaipiraResumen
A intensificação nos últimos anos da produção de aves de corte teve como base o melhoramento genético e alimentar que favoreceu o volume de oferta deste produto com valores acessíveis ao consumidor, em contrapartida existe na nossa região, uma demanda cultural por um produto com características sensoriais diferenciadas conhecido popularmente como frango caipira. O presente projeto teve como objetivo demonstrar na prática, tanto para fins pedagógicos como produtivos e comerciais, a aplicação de um sistema de produção inovador na Etec Drº José Luiz Viana Coutinho, capaz de produzir carne com esse diferencial organoléptico somado a um forte apelo à questão de bem-estar animal. Não menos importante, o projeto intenciona colocar os discentes em contato com aves de linhagem adaptada a manejos alternativos em um ambiente de criação modificado.
Neste sentido foi escolhido a linhagem label rouge (pescoço pelado), tida como ave rústica e de crescimento lento. Os lotes foram adquiridos ao longo do ano de 2023, compostos por 100 pintainhos cada lote e criados em estrutura coberta com acesso a uma área externa de pastagem. Esta linhagem possui um período de criação de 30 dias superior ao das linhagens industriais, peso inferior e características organoléticas diferenciadas e muito apreciadas na nossa região. No Brasil, a legislação para produção de aves em sistema alternativo, mais conhecidas no país como produção caipira, capoeira ou colonial, está embasada inicialmente na Instrução Normativa nº 7, de 17 de maio de 1999 (BRASIL, 1999). De acordo com esta normativa, entre outras atribuições, o produtor de frangos alternativos não pode utilizar ingredientes de origem animal nas rações, deve dispor de área mínima de criação de 10 aves/m2 na área coberta e de 4 a 5 m2 /ave na área de pastejo e permanecer no ambiente de criação por um período mínimo de 85 dias até o abate. Em relação ao termo agroecológico, que geralmente remete à imagem de aves criadas com pouca tecnologia, proporciona às animais condições essenciais para seu bem-estar sendo um dos segmentos da avicultura que tem se mostrado promissor, tendo em vista a fatia do mercado composta por consumidores que demandam esses produtos e se preocupam com as condições em que estes animais são criados. Nos sistemas alternativos parte da alimentação é suprida por alimentos naturais, como forragens (pasto ou verde picado), insetos e minhocas e parte, por rações balanceadas. A proposta foi proporcionar aos alunos a oportunidade de vivenciarem na prática situações adversas voltadas a produção de aves de corte em sistema agroecológico onde foram selecionados 10 (dez) alunos, priorizando os alunos alojados, atribuídas atividades diárias relacionadas ao manejo, desde a recepção e seleção das aves, preparo do ambiente, alimentação e controle sanitário, distribuídas através de um cronograma pela coordenadora do projeto até o período mínimo de 85 dias e com peso igual ao superior a 2,800 kg. O projeto foi desenvolvido no período pós aula e nos horários de “janela”.
Citas
HENN, João Dionísio et al. Caracterização da avicultura comercial de pequena escala e a regularização das granjas. Concórdia, SC, 2023. Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1156975/1/final10056.pdf. Acesso em: 20 set. 2024.
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 007, DE 17 DE MAIO DE 1999. Dispõe sobre normas para a produção de produtos orgânicos vegetais e animais.
Disponível em: https://labfitop.cca.ufsc.br/INSTRUCAO%20NORMATIVA%20007.pdf.Acesso em: 20 set. 2024.
LIPORI, Humberto Marques. Ambiência Para Frangos De Corte. Curitiba: Senar, 2024. Disponível em: https://www.sistemafaep.org.br/wp-content/uploads/2024/05/Ambiencia-na-Avicultura-de-Corte_versao_versao-digital.pdf. Acesso em: 20 set. 2024.
MANUAL DE MANEJO DE FRANGOS DE CORTE COBB. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/avicultura/files/2012/04/Cobb-Manual-Frango-Corte-BR.pdf. Acesso em: 18 set. 2024.
SANTOS, F.R. et al. Sistemas alternativos de produção para frangos de corte. PUBVET, Londrina, V. 6, N. 6, Ed. 193, Art. 1300, 2012. Disponível em: https://www.pubvet.com.br/uploads/cacbbd2d68e5c30be585c635958d9cab.pdf. Acesso em: 18 set. 2024.
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