Ocupação de pessoas com deficiência em Mococa

Abstract

Oriundo do final da segunda metade do século XX, o paradigma da inclusão, é amplamente difundido e alicerçado por políticas públicas que buscam garantir o direito do cidadão com deficiência à inserção e permanência no ensino regular e no trabalho. Observam-se ações em várias esferas sociais, políticas e legais para que ocorra a intensificação da inclusão nas empresas. Os resultados alcançados até o momento, apesar de positivos, ainda estão aquém do que se espera. Da mesma forma, a produção acadêmica sobre o tema ainda é restrita a círculos de intelectuais especialistas no assunto e a relação com outras áreas de conhecimento ainda é tímida. Partindo do pressuposto de que cada vez mais as pessoas com deficiência serão incluídas no mercado de trabalho como um direito, e da necessidade de que essa inclusão seja vista como natural, de fato, sem ser somente para cumprimento legal, torna-se de fundamental importância a produção de conhecimento capaz de explicar ou dominar o papel das instituições laborais nesse processo. A ideia central reside em observar a não eficácia do que se pressupunha, de que a determinação legal levaria a um processo de inclusão amplo e justo. Ao contrário, a hipótese parte do princípio da mudança cultural como forma de inserir o indivíduo com deficiência nas organizações e incluí-lo, de fato, ao reconhecer que, a deficiência não necessariamente o limita, pois pode ser reconhecido com habilidades e competências úteis para as empresas.