AVALIAÇÃO DO EFEITO DO DIMETIL E MONOMETIL FUMARATO SOBRE CÉLULAS DE GLIOBLASTOMA IN VITRO
Palavras-chave:
GLIOBLASTOMA MULTIFORME, GBM, CÂNCERResumo
O câncer é um relevante problema de saúde pública em todo o mundo, sendo a segunda principal causa de mortalidade entre as doenças não transmissíveis, além de ser responsável por 9,3 milhões de mortes a nível mundial (Bayable et al, 2022). O glioblastoma multiforme (GBM) é o tumor cerebral primário mais comum e agressivo dentre as neoplasias. Este tipo de tumor é classificado como glioma de grau IV, cuja sobrevida é de três a cinco anos após o diagnóstico, a prevalência é de cerca 2,2% pacientes apenas. O GBM é caracterizado por variações na genética e epigenética entre as células tumorais, além de possuir uma capacidade de comunicação e manipulação de outras células nos arredores do cérebro, implicando diretamente na progressão do tumor e resistência à terapia. Atualmente, o tratamento padrão de GBM se baseia em quimio e radioterapia concomitante (um total de 60 Gy), combinada com temozolomida intravenosa diária (TMZ), por cerca de 6 a 12 meses. Porém, mesmo com os recentes avanços terapêuticos, ainda não foi obtido um aumento relevante na taxa de sobrevida de pacientes com GBM. Por esse motivo, torna se imprescindível o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas para o tratamento deste tipo de câncer. Compreender as múltiplas formas de comunicação entre o tumor e as células ao seu redor pode ser um grande aliado para desbravar novas vias para o tratamento (Broekman et al, 2018; Shafer et al, 2020; Milad et al, 2022).