A reflexão sobre as Estratégias de Aprendizagem na formação docente.

Resumo

As pesquisas em Estratégias de Aprendizagem são recentes, tendo-se iniciado na década de 70, com base nos trabalhos de Rubin (1975) e Stern (1975), segundo os quais alguns alunos se mostrariam mais eficazes na aprendizagem de uma língua, por fazerem uso de maneiras especiais de processar a informação. Assim, desde o início da pandemia, tenho me dedicado na identificação de estratégias empregadas por estudantes em seu processo de aprendizagem, a fim de ajudar aqueles com menos êxito em conseguir o propósito desejado de aprender uma nova língua. Há vários autores que se dedicaram ao estudo das estratégias, porém compartilho com a definição de Rebecca Oxford (1990) que compreende que elas podem facilitar a internalização, o armazenamento, a recuperação e o uso da nova língua e a possibilidade de serem ensinadas, para que os aprendizes possam melhorar o seu uso, tornando-se autônomos na sua aprendizagem no sentido de desenvolver o direcionamento dos seus estudos. Deste modo, desde 2020, dando aulas particulares e on-line, pude acompanhar como os meus alunos se tornam responsáveis pelo processo de aprendizagem, muitas vezes sem se dar conta. Logo, esta investigação trata-se de um relato de experiência, realizada por meio de questionários, diários de classes e conversas informais, em que pude observar os tipos de estratégias de aprendizagem usadas por eles na aprendizagem do espanhol. Conclui-se como estas estratégias podem e devem ser ensinadas para os alunos que apresentam dificuldades e, ao mesmo tempo, fazer com que os que já as usam se deem conta dos benefícios destas nesse processo. Que as Estratégias de Aprendizagem podem facilitar, acelerar, motivar e direcionar o aprendizado de uma LE, auxiliando na construção da autonomia dentro e fora da sala de aula.